sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

(...)

A vida em Hoteleiras nunca foi muito agitada. Como toda cidade do interior, tudo que acontecia era passado pelo famoso "boca a boca" pra todos os moradores. A única festa que recebia turistas era a festa da Goiaba. Nesse dia toda a cidade parava pra fabricar doces, comidas, bebidas, tudo à bse de goiaba. Muitos visitantes, algumas vezes até de cidades grandes, vinham prestigiar a festa.

A prefeitura de Holeteiras sempre contratava aquelas empresas de brinquedos eletrônicos, assim como rodas-gigantes, tiro-ao-alvo e por assim vai. Nessa festa é onde os jovens começam a paquerar sobre os olhares furtivos de seus parentes ou amigos de parentes. As mães liberam suas "princesas" para irem à festa só depois dos 16 anos, contando com a sorte de encontrarem um rapaz da cidade grande para casar com suas filhas.

As mais tradicionais preferem quando suas filhas se casam com os filhos dos homens importantes de Hoteleiras, assim ficam perto da casa da família, cuidando da casa e dos filhos, levando durante anos o nome e a fama de cada família.

As mais sonhadoras rezam para suas filhas encontrarem um rapaz de fora, para assim poder ter a oportunidade de uma vida melhor, de uma vida mais moderna.

Hoteleiras é uma cidade que parou no tempo. Os anos passam, a tecnologia avança, as notícias se espalham, mas a cidade ainda funciona manualmente. Desde assar o pão até passar a roupa, tudo como antigamente.

Divórcio é crime.
Adultério é motivo de exílio.
Casamento bem sucedido é casamento de gente rica.
Amor vem em último lugar.

E assim Letícia cresceu. Quando era apenas uma menininha, já mostrava sinais de uma personalidade muito forte. Não se prendia às atividades domésticas, não gostava de bonecas, adorava escapar da igreja e nunca tinha medo de nada.

Para sua mãe, a menina tinha um encosto. Já havia chamado o padre, o pastor, o ministro, até o curandeiro, mas nada fazia Letícia ser igual às outras meninas.Nem mesmo na escola ela tinha amigos. Pobre tradição da cidade!

Uma vez Dona Rosa varria sua calçada, como de costume, enquanto Letícia se sujava de barro. A criança agora com 9 anos de idade ainda passava o tempo brincando sozinha, ou se sujando ou correndo. Mas nunca varrendo o chão. Esse dia D.Rosa gritou do outro lado da casa, com esperanças que a puberdade tenha ensinado modos à Letícia:

- Letícia minha filha, venha ajudar sua mãe! gritou sem esperanças.
- Pra quê mãe? Uma hora que varro o chão e outra que piso nele sujo da mesma forma.
- Menina, onde foi que você aprendeu a ser tão irritante? - já não pega de surpresa.
- Foi o homem que passou e me contou... - respondeu a menina com o olhar perdido.

Homem. Essa era sempre a desculpa de Letícia. Para tudo que a perguntavam, respondia da mesma forma "Foi o homem que passou e me contou...". Sua família sabia que não passava de uma mentira, nenhum homem além de seu pai e tios passavam na casa. A família Gouvinho morava em uma casa bem distante do centro da cidade, e essa era a única casa da região. Foi construída à essa distância porque o pai de Letícia, Sr. Alberto, gostava de calmaria, detestava barulho, ou bagunça.

Então, a cada pergunta feita, a resposta era a mesma. O homem. Dona Rosa e Sr.Alberto já não se lamentavam mais, já não sorriam mais, já não se importavam. Seja quem for o homem que passava sempre por ali e contava coisas à menina, ele não passava de uma ilusão de uma criança com personalidade.
Uma criança que ouvia um homem...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Capítulo I

A cidade acordou como de costume. A padaria do Senhor Leopoldo trabalhava a todo vapor, os passarinhos faziam seus ninhos nos galhos das goiabeiras, Dona Rosa varria a calçada de sua casa. O desastre de ontem parece que não deixou marcas visíveis, pelo menos assim parecia quando se olhava para a cidade de Hoteleiras.



Se a cidade parecia inerte ás marcas deixadas pelo acontecimento, assim não fazia o coração de Letícia. Essa sim mostrava em sua fisionomia o estrago do dia anterior. Parecia que tinham arrancado de seu tão frágil corpo todas as costelas. A dor era tão grande, tão forte que acordar era uma questão de rotina. Não que ela conseguisse dormir.



Seus olhos já tinham marcas fundas, como se tivessem lhe dado um soco há algumas semanas atrás. Sua cor, castanho-claro brilhante, não passava de uma macha opaca no globo ocular vermelho. Letícia não entendia porque a cidade continuava funcionando enquanto ela já não tinha mais forças pra seguir um novo dia. Novo...

Levantar era doloroso demais, só o ato de abrir os olhos já a fazia tontear, foi um ano e tanto. Ou será que foi uma semana? Uns dias? Um dia.

Mas não, ela não podia se deixar abater. Vinha de uma família muito forte, as mulheres eram todas orgulhosas, como se nada as afetassem de verdade. Os homens todos bem sucedidos, ou no caminho do sucesso. Pelo menos aos olhos de Hoteleiras. Com toda uma família assim, como podia se deixar largada na cama por um simples corte no coração? Não, isso tinha que mudar!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Chuuuupa

O comentário da Gabs foi tão bom e tão GABS que eu vou até postar aqui.

Quem quiser veja no post de baixo..

Ta ta ta taaa (como diria Girafales)...

Nem deu tempo de eu repensar no post e a garota já veio com as tão famosas palavras de Gabs.

Mas tenho que admitir, você está certa flor de lis. Já dizia Cartola:

"A sorrir eu pretendo levar a vida
pois chorando eu vi a mocidade perdida!!"

Eis o coment:

Sara, olha aqui!!Juro que se vc estivesse aqui pertinho de mim ia tomar um xingo grandão!

Primeira coisa: Para de reclamar da sua vida, olha os pontos positivos de tudo que vc viveu, vive e vai viver!Segundo: Que história é essa de deixar de ser sincera! Onde já se viu isso meu!!! Se a pessoa não gostou da sua sinceridade azar o dela!!!Agora vc acha que tem que deixar de ser sincera só pra agradar todo mundo!!!Para com isso heim!!Respira fundo e celebra a sua vida!!!

Já te disse que as coisas acontecem na nossa vida é por alguma razão, que na maioria das vezes, não fazemos idéia do porque, mas que depois de um tempo acabamos por entender!!!E meu para de baixo astral!!!Não quero mais saber de reclamações nesse blog heim!!!

Quer ver como vc só tem motivos pra sorrir?Acha que não tem?

Então lá vai:1- Vc viveu durante 8 meses nos EUA, estudou muito mais do que eu e a Mir juntas.

2- Vc fez uma viagem dos Sonhos

3- Sua mãe conseguiu a compra do tão sonhado apartamento e vcs vão sair do aluguel.

4- Vc tem um computador de ultima geração

5- Vc tem amigos que te amam

6- Vc fez amigas aqui que se preocupam muito com vc

7-Vc só tem 21 anos, pode errar e consertar os erros, pq ainda tem muito tempo pra isso.E para com essa coisa de ficar pensando em qnd vc tinha 14 15 anos, Flor da minha vida quem vive de passado é museu.Errou, errou, paciencia, agora é tocar pra frente e tentar não repetir os erros.Se repetir paciencia de novo, todo mundo erra mais de uma vez na vida!!!

E nem adianta vc abandonar a sinceridade pra tentar agradar as pessoas!Lembre-se que nem Jesus agradou a todos!!Comigo vc por favor continue a ser sincera, pq eu nunca vou deixar de ser sincera com vc!BeijosTe amo!Gabs

----

Depois dessa eu só tenho uma coisa a dizer: CHUUUUUUUUPA

Mudança Radical

Estou de mudança. Amanhã já não morarei mais no Ipiranga, estou indo pra campos mais verdes!!

(in)Felizmente resolvi mudar mais algumas coisas. Assim como postado milhares de vezes nesse blog, as coisas não funcionam como queremos, por isso decidi que não vou mais me estressar.

Eu demorei pra aprender que certas coisas não podem ser ditas, mesmo se você acha certo dizê-las. Toda aquela sinceridade que tanto se preza vai por água abaixo quando você decide realmente ser sincero.

Conversando com amigas (os) sobre esse assunto cheguei a seguinte conclusão...

Primeiro você sempre pensa que a(s) pessoa(s) vai pensar: "Po, obrigado aí por ter sido sincera". Você vai sempre acreditar nesse comentário e vai dormir aliviado com a cabecinha no travesseiro.

Isso dura mais ou menos 3, 4 dias. Isso se está perto da pessoa em questão. Caso contrário pode durar um pouco mais que isso...

Enfim, esse cidadão(oes) vai pensar racionalmente e vai decidir que não gostou do que você fez ou disse. Aí vai jogar na sua cara que você fez ou disse aquilo. E vai virar as costas pra você.

E aí, o que você faz???

Alternativas Lombarde!!

1 Sílvio, você pode chorar
2 Sílvio, você pode mentir
3 Sílvio, você pode apertar a tecla da "F" word.
4 e última alternativa Sílvio, você pode se arrepender e junto com isso carregar uma geladeira, uma máquina de lavar roupa, uma máquina de lavar pratos, uma cozinha completa, mais uma televisão de 29 polegadas nas costas por se sentir tão idiota de ter caído na hipocrisia de dizer a verdade.

Eu sempre, sempre, sempre caio na 4 opção. Logo depois vem a primeira, a terceira até chegar na segunda e eu minto pra mim mesma dizendo: "I don´t care".

But I do!

Já não é a primeira vez que eu faço isso, mas confesso que será a última. Eu tive que tomar mais de uma vez na cara pra aprender que as pessoas, por mais diferentes que sejam, são iguais.

É tristíssimo falar isso, mas é assim que me sinto agora.

O pior é que eu sempre acabo correndo atrás, me rastejando, pedindo desculpas por coisas que nem foram minha culpa, ou melhor, foram vítimas da minha ingenuidade.

Eu tenho 21 anos, mas parece que ainda vivo nos 14. E nos 14 eu fiz a primeira cagada.
Depois foi uma atrás da outra, em ordem crescente, sempre crescente..Nas cagadas e nos números.

E agora cometo o mesmo simples e rídiculo erro de 10 anos atrás. Admito, sou mais ingênua do que pareço, sou mais medrosa do que mostro, sofro mais do que choro e infelizmente sou uma BURRA que não conseguiu aprender até agora.

Quem nunca foi ingênuo que jogue a primeira pedra...Agora quem sempre foi ingênuo como eu, por favor, corte os pulsos..

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Bad Luck!

Tudo está acontecendo. TUDO.

Desde que eu voltei. Isso porque eu voltei só porque as coisas estavam todas dando errado do lado de lá, agora parece que eu tenho que voltar não sei.

Estou aqui há 3 semanas e meia agora, quando cheguei tive de cara crise alérgica na garganta. Fiquei de cama.

Meu computador simplesmente se afogou, está sem funcionar. Computador esse que é um Mac, que eu paguei mais de mil dólares, que eu juntei dinheiro durante meses a fio pra pagar durante minha experiência de Au Pair.

Por não estar no Brasil, perdi o evento tão esperado de votação para prefeito e vereador. Preciso justificar meu voto. Fui até o cartório mais próximo, que era longe, depois de minutos infinitos na fila descubro que não poderia justificar com o passaporte lá, só no outro cartório, mais longe ainda. Decido pagar a multa, afinal são só 7 reais....

Chego na casa lotérica, lá descubro que esqueci o cartão em casa e que tinha apenas 2 reais e 50 centavos, dinheiro exato pra pegar um ônibus.

Volto pra casa, sem pagar a multa, sem justificar o voto.

O teto da Renascer caiu 2 dias atrás, fiquei chocada com o que aconteceu porque a igreja fica bem perto da minha casa. Decido ir ao HC pra doar meu sangue, um apelo feito no jornal me fez tomar dessa decisão.

Cheguei lá, espera, pega a senha, espera, passa pelo exame de anemia, espera, mede a pressão, espera, entrevista, espera. Depois de horas, crente que estaria prestes a doar meu sangue O+, descubro que estou com anemia baixa, por causa da má alimentação de longo tempo nos EUA (por isso meninas, CUIDADO).

Triste, volto pra casa. Sem doar sangue, sem justificar o voto, sem computador.

Tive insônia. Acordo cansada, vou virar pra falar com a minha mãe (eu estou dormindo no chão porque estamos de mudança e meu quarto não tem previsão de ficar pronto, continuarei no chão por mais algumas semanas), pronto! Travei o pescoço. Mas não foi uma travadinha, foi A travada.

Chorei a manhã inteira, achando que nunca mais ia conseguir me mexer, sem convênio médico (porque fiz 21 e não voltei pra faculdade ainda), fiquei em casa.

Tentei assistir a posse do Obama, mas acabei me distraindo com outra coisa e não pude assistir.

Minha amiga veio em casa entregar convites pra festa de aniversário dela. Conversamos, fomos pra varanda tomar um ar, pronto. O vento bateu e ficamos trancadas pra fora da varanda.

Meu irmão não fala comigo por causa de uma besteira...

Tive que ligar na farmácia, pro moço vir até meu prédio e pedir ao porteiro que subisse e nos tirasse de lá.

Pelo menos a porta estava aberta.

Além do mais, não tenho dinheiro.

E cada dia que passa uma coisa ruim acontece.

Agora eu não entendo, se tudo de ruim me aconteceu nos States pra eu voltar, e tudo está se repetindo aqui no Brasil, what the heck is going on here?

Se alguém tiver experiência em Freud ou até mesmo Gestaut, por favor, entre em contato comigo no saracheck@gmail.com

Se alguém lê cartas de tarô, joga búzios, acende vela negras e mata galinhas por favor entre em contato comigo saracheck@gmail.com

Se alguém perambula pelas dimensões e têm as respostas do Universo, por favor, entre em contato comigo saracheck@gmail.com

Se alguém está passando por situação parecia e/ou igual a minha, por favor, mantenha-se longe.

Sem mais

Sara Heck

Acho que vou jogar Jumanji!!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Rezo

Elias...

Depois de lutar tanto pra conseguir ter você comigo, depois de passar horas intermináveis em sua companhia. Rindo, chorando, cantando. Você me mostrou um mundo que eu nunca tinha visto. Me fez viajar à lugares impressionantes, me mostrou quem eu realmente sou, ou quem eu gostaria de ser.

Junto a ti fui eu, ela, duas, três. Junto a ti aprendi mais do que posso explicar aqui. Foi por sua causa que eu aguentei tanto tempo sozinha, foi por você que eu arrisquei meu visto.

Você foi meu companheiro durante tanto tempo que eu não consigo imaginar a minha vida sem você, mal posso pensar em você inerte. 

Por favor, Elias, não se vá assim. Não se deixe afogar pelas águas que te atinge. Seja forte, seja brando, erga-te. Não me deixe sozinha sem seu abraço, sem seu sorriso.

Não me deixe, sem seu conteúdo, e a liberdade de te levar pra qualquer lugar.

Por favor, erga-te!!

PS: Estou de luto, Elias se afogou, ainda não é definitivo, mas enquanto ele está internado eu vou me retirar por um tempo, em respeito à ele...!!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Troppo

Ontem fui na Troppo. Uma casa de dança de salão que às sextas-feiras toca forró, gafieira e bolero na pista de baixo, salsa e zouk na de cima. Na verdade só zouk, são 50000 pra 1 salsa, injusto.

Encontrei no máximo 3 pessoas das antigas, interessante como alguns meses podem mudar um lugar. Pelo menos encontrei o pessoal do Projeto Ritmo, esses sim eu já estava ficando louca de não ver.

Dancei, muito. Meus pés estão cheios de bolhas, calejados. Meu fôlego não é mais o mesmo, nem meu controle sobre meus pés. Eu esqueço sempre que sou o dobro do tamanho das meninas normais.

Acho por isso que ninguém me tira pra dançar, têm medo de mim. Eu que tenho que ficar caçando cavalheiro na festa. Ainda que fosse um de cavalo branco, alto, forte, lindo, cantando "A whole new world" e me levando pra dar uma volta num tapete mágico.

Mas não, são sempre aqueles uxos. Sempre.. Tudo bem, pouco importa, o que importa é que eu dancei até me acabar. Eu senti cada batida da música, cada toque, cada pausa. Eu senti como se flutuasse, e cada vez com alguém diferente. Senti a beleza que eu havia perdido voltar pra mim...

Me senti completa, mesmo pisando nos outros, e eles em mim, ou errando os passos, ou parando e continuando.


Dançar...

O corpo diz o que as palavras não podem dizer!!!


quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Freak

Lá fora está chovendo, mas assim mesmo eu vou correndo, só pra ver o meu amor...

Ontem aconteceu uma coisa estranha. Primeiro porque eu estava em casa assistindo um filme e de repente me deu uma impaciência, e decidi ir pro inglês. Fui, do nada, desarrumada, enfim. Fui.
Cheguei em cima da hora e lá estava sentada sozinha na mesa quando alguém dá um tapinha no meu ombro. Eu achei que fosse uma pessoa e de repente era outra. E eu demorei pra associar.

Enfim, eu esperava encontrar (mentira, não esperava não) essa pessoa em qualquer lugar, menos lá, no inglês, fazendo exercício em DUPLA comigo. Foi insano!!

Depois ainda conversamos. Somos colegas de classe agora. Que diferença.

O melhor disso tudo não foi a surpresa em encontrá-la, e sim a falta de reação. Se fosse há alguns meses atrás eu provavelmente estaria tremendo até agora, ou com o coração na boca, ansiando por encontrá-la de novo. Mas não, estou calma, estava calma.

Tudo acabou, toda a emoção, toda a ansiedade, tudo.. Foi embora, caiu como a chuva. Essa qe cai agora do outro lado da janela. 

Lá fora está chovendo, mas assim mesmo eu vou correndo, só pra ver...o meu amor!!!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Ref. 2

Bom Dia..

Hoje vim falar do ócio maldito que eu estou vivendo.

De novo.

Eu sei, a vida de Au Pair não é fácil pra ninguém, mas o meu ócio tá complicado. Eu fico aqui, saio vou pro inglês e volto pra cá. Sair eu não posso porque não tenho mais aquele salarinho semanal que ajudava bastante. Tá um calor insuportável aqui em São Paulo, o que não te faz sair de casa.

Aí que saio e passo mal de calor!

Estou de mudança, semana que vem já me mudo, então aqui em casa está uma bagunça. Quem disse que eu tenho vontade de limpar meu quarto??

Queria viver de festas e amigos. Sabe uma casa no campo??

Mas eu não posso, e também não posso sair arranjando qualquer emprego porque a faculdade está pra começar e eu quero conseguir um estágio.

E eu sonhei essa noite que eu não conseguia emprego porque estava velha demais. Velha demais... com 21 anos!!

Eu acho que estou velha demais, tinha 14 ontem. Mas não assim, jogado na minha cara!!

Aí fico na internet o dia inteiro, sem nada interessante pra fazer.

Alguém tem alguma

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Reflexão...

Muito engraçado, quando você quer alguma coisa tão intensamente. Paramos o mundo para isso, lutamos, deixamos de fazer isso ou aquilo. Sempre pensando positivo.

Ruim é quando as coisas não acontecem do jeito que esperamos. Aliás, elas NUNCA acontecem do jeito que esperamos.

Não adianta parar o mundo e o mundo não parar pra mim! Infelizmente é o que vem acontecendo. Eu sinto que só eu tento, só eu espero, só eu me esforço. Como se virasse pro mundo da janela e dissesse, "Ei, volta aqui, eu te amo, sinto saudades suas, do tempo que você olhava pra mim!!", e ele ainda assim virasse as costas. Ou fizesse descaso. Ou fosse apenas educado.

Isso sim é bem difícil...

Mas, se o mundo não quer a mim, eu vou querê-lo mesmo assim... Uma hora eu desisto, ou alcanço. Não, não acredito que vá alcançar.... Ele está altíssimo, e eu sou um mero ponto visto de cima.

Ele não vai descer lá de cima, não condiz com vossa personalidade. E eu já percebi, se eu não subir, não encontro o mundo...

Preciso de vitaminas...

domingo, 11 de janeiro de 2009

Fim de semana zuado

King Kong. Resumindo muito porcamente é assim que eu vejo o acontecimento de ontem.

Sexta feira, encontrei minha prima Flávia lá em São Bernardo. Ok, eu estudo lá, faço Metodista, mas pra ir onde ela trabalhava eu tive que ir até o Terminal Jabaquara , de lá peguei o ônibus Terminal Ferrazópolis, no caminho passei por Diadema, Piraporinha, PQP, enfim. Cheguei mais ou menos uma hora depois de ter saído de casa. Tudo isso porque estava louca pra ir para algum lugar, beber uma cerveja, me divertir. Afinal, como dito anteriormente esse seria meu primeiro fim de semana oficial e o primeiro com as baladas abertas!!

Fui...

Cheguei, fomos numa padaria super "chique nos úrtimo", bebemos umas long necks de Bohemia (morram de inveja), e minha prima queria encontrar uma amiga, então fomos pra Paulista.

Quando entrei no carro dela, comecei a sentir a dor de cabeça do mal, aquela que tive uma vez em Chicago, e tive que sair do lugar e ir pra casa, achando que eu ia morrer.

Mas eu pensei "numa sexta feira não". Então acabei forçando. Já tinha combinado de sair pra dançar mais tarde, de ir pra Salsa. Resumo da obra: Tive que ir pra casa, da Paulista, de táxi porque não tinha condições físicas e mentais pra aguentar mais 5 minutos. 

Dia perdido..

Sábado, acordei bem, zerada sem enxaqueca. Fui até a casa da minha amiga do colégio, porque era aniversário dela, encontrei todos os meus antigos amigos e comi duas pratadas de Strogonoff. Bebi cerveja pra caramba, estava delicioso. De lá fui pra casa dar uma descansada pra poder ir no Teatro Mars de noite. Essa é a balada mais legal do mundo pra mim, eu realmente amo esse lugar e foi o que eu mais senti falta.

Chegamos e tome-la caipirinha de Velho Barreiro. 1, 2, 3, 4... Foi aí que percebi que tudo rodava, que as pessoas todas tinham irmãos gêmeos vestidos iguais e eu passei mal.

Pela primeira vez na minha vida eu passei mal numa balada, mal mesmo, de botar pra fora tudo que foi posto pra dentro. Pelo menos eu sou uma bêbada consciente, não fiz porcarias no chão e não precisei de ajuda, mas mesmo assim porra, que vergonha.

Voltei pra casa acabada, às 7 da manhã. Dormi, acordei, justifiquei pra minha família. Agora cá estou postando, porque não me sobrou muita coisa visto que a ressaca está aqui ó...

O final de semana mais estúpido da minha vida..

What a shy!!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

?

Ai,ai, o ócio!!

Eu estou ficando irritada já, de ficar dentro de casa sem fazer nada. Porque sair na rua não dá também, você anda até a esquina e já está pingando. Eita calor dos infernos!!! Eu gosto de frio não adianta.

E eu preciso mais do que nunca arranjar coisas pra fazer, minha cabeça tá rodando, um turbilhão de pensamentos: o que fazer? o que eu fiz? será que fiz? será que vou? será, será, será....

Vizi Maria, preciso urgente de alguma coisa útil!! Primeiro final de semana no Brasil, não vejo a hora de sair e aproveitar como fazia antes de viajar!!! Eu me sinto como uma adolescente que acabou de completar 18 anos. Isso é tão estranho!!

Fora que eu pedi uma informação na rua e agradeci em inglês... (Tá osso, deu um câimbra na cabeça)...

Estou tão entediada que acabo fazendo esses post sem sentido..

O negócio é osso...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Breve resumo de minha vida Au Pairiana!

Com base no comentário do meu último post, resolvi falar um pouco sobre a minha experiência de Au Pair.

Eu estive 8 meses nos Estados Unidos. Nesses 8 meses passei 3 em Chicago, 4 em South Bend (com a mesma família), 1 em Richmond (com outra família).

O primeiro rematch foi pedido porque a minha ex-ex-host mom era uma pessoa de cultura muito diferente da minha. Ela era indiana e eu brasileira, ela não me tratava com respeito e sempre cobrava coisas que não eram de meu serviço como: Lavar a cozinha, desempacotar caixas, limpar a casa... Depois de 6 meses nessa resolvi pedir o rematch. Quero deixar claro que o menino que eu tomava conta, Adolfinho, e o pai, João, eram pessoas muito legais e eu não tenho reclamações nenhuma a esse respeito. Rosana só que era uma mulher "incrível" como já postei algumas vezes.

No interim de duas semanas de rematch (no caso eu fiquei 3), eu morei com a minha coordenadora, que foi um anjo que caiu do céu e eu não preciso inventar codnomes pra ela porque nunca falaria mal de tão boa pessoa. Enfim, ela me acolheu (porque a situação na casa da host family ficou insuportável), me deu carinho, amor e comida (coisas que eu não tinha muito) e graças a ela eu tive a oportunidade de encontrar uma família ótima, pelo telefone.

Digo isso porque pelo telefone minha nova host mom parecia ser a pessoa mais legal do mundo, mais compreensiva  e mais amorosa, com os filhos mais doces e respeitáveis do mundo. Bom, mostre-me o que roubaram e eu te direi quem são os ladrões...

Infelizmente essa família não era nada daquilo, a casa era um nojo e eu tinha que lidar com isso. As crianças eram doentes e a mãe um tanto quanto grossa às vezes, nas outras ela estava dormindo, ou me espionando. Enfim, pedi o segundo rematch. Só que dessa vez a host mom me tirou de casa e eu recorri à amigos que eu tinha feita em 2 semanas!!

Que, diga-se de passagem, foram pessoas sensacionais. Morei com um novo amigo por alguns dias até conseguir viajar pra Disney (minhas férias já pagas há muitos meses atrás). 

A Au Pair Care não quis me colocar de rematch de novo, alegando que 4 meses era pouco tempo e nenhuma família ia querer. Aceitei isso e ameacei brigar na justiça (mas não fiz nada sem ter certeza do que estava fazendo, falei com advogado e tudo), e depois de muita confusão eu voltei com todas as despesas pagas pela agência (Valeu STB, que me ajudou muito).

Tirando os perrengues que passei, aprendi muita coisa nesses 8 meses. Fiz amigas que vou levar para todo o sempre, diz aí Gabs e Mir. Conheci pessoas fantásticas, fui uma menina e voltei uma mulher. Aprendi, errei e acertei. Aprendi a viver por mim e tomar minhas próprias decisões. Agora que estou de volta, quero voltar pros States, mas não como Au Pair. Quero voltar independente, quero voltar sem trabalhar em casa de família (contanto que eu tenha a minha própria pra fugir). Não me arrependo em absoluto, tudo o que eu sofri eu aprendi.

Tudo que eu aprendi eu não vou esquecer. O programa de Au Pair é ótimo, mas tem que ir de cabeça feita, tem que ir pronta pra tudo, porque não é fácil cuidar de criança nos States.

Infelizmente não completei meu programa, mas não foi escolha minha isso. As coisas acontecem porque têm que acontecer e eu estou feliz em estar de volta.

Au Pair foi a melhor e a mais estranha experiência da minha vida!!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Brasil, meu Brasil, Brasileiro!

Eu voltei!!


Pois é, agora escrevo em solo brasileiro, com a internet lenta que eu sempre tive em casa e muito muito muito barulho e confusão nas ruas. Mesmo assim estou feliz, já tomei cerveja com os amigos, já abracei minha família, já resolvi minha vida (banco, faculdade, inglês). 

Só tem uma coisa que não me deixa dizer que está perfeito, mas eu não vou comentar aqui (HUA HUA HUA).

A viagem da Disney foi demais. A sensação única de que aquilo tudo é real, a companhia indispensável de Gabs e o ar caliente de Orlando me fizeram colocar essa trip no top 10 da minha vida. E sei que não vai sair de lá tão cedo!!

Todos os dias foram bons, mesmo eu estando meio adoecida no começo. Sea Wolrd, Animal Kingdom, Epcot, Hollywood Studios, Magic Kingdom (2 vezes), Universal Studios, não sei dizer qual deles foi o melhor, só digo que Disney is, indeed, the place where dreams come true!! 

Aqui as coisas estão exatamente igual quando eu saí. Parece que nada aconteceu, isso é tão estranho!!

Pelo menos o Ano Novo na Paulista (calma, eu não estava na muvuca, estava na casa de uma amiga), foi sensacional!!

Sinto falta dos EUA e de algumas coisas, sinto falta dos amigos de lá, das pessoas que conheci, mas nada como a nossa terra, nada como Brasil, sil, sil..

Se alguma de vocês estiverem naquela de volta-não-volta, siga o coração. Eu voltei, e só o fato de poder tomar cerveja e comer tremosso numa mesa posta na rua já é o suficiente pra mim!!

Agora, infelizmente (ou não), não posso mais falar de Au Pair. `As vezes eu vou citar alguns casos mas enfim, daqui pra frente só Deus sabe!!