domingo, 22 de fevereiro de 2009

Carnaval!

Domingo de Carnaval....

Pra todo lugar que olha vê pessoas sorrindo, bebendo, pulando. Algumas fantasias se perdem na multidão, outras escondem a realidade que ninguém quer mostrar. Passa um, passa dois, passa três, e procura incansavelmente por ele.

Entre uma cerveja quente e outra, um moço sorridente chega ao seu lado para saber seu nome. Ela diz, cautelosa, um nome completamente diferente. O moço olha nos olhos dela, suspira e vai embora.

Ela se pergunta o porquê dessa reação! Nunca tinha visto o moço, ele não poderia saber seu verdadeiro nome. Toma um gole da cerveja, acende um cigarro e esquece o assunto.

Vê o mesmo moço perguntando à outras meninas por seus nomes. Ao dizer-lhe, vira-se e vai embora. A mesma reação.

Continua pulando com seus amigos de bar e começa a pensar nele. Ele que nunca aparece, ele que nunca irá aparecer. Pergunta-se por onde andas. Onde estaria pulando carnaval, ou vendo televisão, ou lendo. Pergunta-se porque não estão juntos, onde deveriam estar.

E percebe que não tem a mínima noção de onde ele está... Anda sem notícias a mais tempo do que gostaria, e da última vez ele deixou bem claro a amizade entre os dois.

Volta pra bebedeira, dessa vez fuma mais um cigarro, canta sem muita euforia, já não sorri mais.

E vê de longe o moço que pergunta nomes. E se entristece, gostaria de ser a pessoa que ele está procurando...

E vai embora...

Depois de semanas recebe a revelação. Reencontra o "moço dos nomes" num bar qualquer da Paulista e pergunta o porquê de tanto mistério. Ele responde sem se exaltar. Diz que pagaram a ele pra achar uma moça, alguém muito apaixonado e desesperado tinha pago pessoas em várias partes do país para encontrá-la. Diz ainda que não conseguiu ele encontrá-la, e nenhum dos outros contratantes.

Ela pergunta qual o nome tão amado. Ele responde o seu...

Ela vai pra casa sem saber exatamente o que está fazendo. Vai embora do bar, vai embora da rua... Parasita durante umas horas até perceber a besteira que fez..

Ele a amava, e a procurava. E ela, por puro feminismo mentiu...

Assim se vai um amor de carnaval!

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