Uma das questões que se confundem com mais naturalidade. Qual a diferença entre razão e estímulo? É muito comum a gente pensar "Ah, mas você foi a razão de eu fazer isso!", "Foi por sua causa que eu comprei tal coisa!", "Foi por isso que eu gastei todo o dinheiro e agora estou sem.." e por assim vai.
O ser humano tem dentro de si um defeito terrível, o de tirar sempre o seu da reta. Por mais autruísta e heróico que ele possa ser, uma vez na vida já tentou tirar o seu da reta. Percebemos isso em relações de trabalho "Porque isso não está feito?" e nós respondemos "Ah, porque fulano não fez", ou ainda jogamos a culpa para aparelhos eletrônicos "eu não tenho culpa que não funcionou". E a verdade é outra, você tem sim culpa.
Primeiro porque se algo foi pedido pra você e você passou pra outra pessoa, continua sendo sua responsabilidade. A de checar e ver se está sendo feito. E não simplesmente cruzar os braços e deixar que essa pessoa se lasque, porque você "não tem culpa". Acontece isso quase todo dia no meu trabalho e eu, particularmente, já fiz isso milhares de vezes. O que a maioria das pessoas não entende, é que quando algo é pedido ele deve ser feito e não justificado. Relações desse tipo eu só aprendi depois de muito dizer "ué, mas se ele não fez..." e receber respostas do tipo "mas eu mandei VOCÊ fazer". É sempre tão mais fácil jogar a culpa nos outros.
Não apenas em relações de trabalho, passamos por isso em todos os relacionamentos amorosos sem final feliz. A gente nunca tem culpa no fim do namoro, noivado, casamento, é sempre o outro. Porque ele parou de me dar atenção, "eu não tenho culpa que não tenho dinheiro sempre", ele decidiu mudar, ele decidiu trair... Quando na verdade, é sabido que nada acontece por nada. Taí mais uma vez que não admitimos que somos os errados. Se ele parou de dar atenção é porque aconteceu alguma coisa, qualquer coisa, que você não perguntou. A não ser em casos de enjôo ou perda de amor, o que eu acredito que acontece muito!
Partindo do pressuposto de que nós nunca temos culpa no cartório, estava refletindo com meus botões e me veio outra questão. Quando iniciamos um novo relacionamento amoroso, no trabalho, amizades, enfim, passamos a nos arrumar mais. Nos penteamos mais, nos maquiamos mais vezes, damos mais risadas. Compramos coisas, roupas, pagamos a conta, carro, pensamos em nos adequar morando mais perto, ou em um lugar melhor. E quando fazemos isso a dois, sempre abraçamos a idéia de que fizemos por ele, ou ela, ou quem quer que seja. Nunca por nós! E quando, eventualmente, a relação acaba, jogamos na cara do companheiro (a, os, as) todos os sacrifícios que fizemos por ele. E aí entra a conta do cartão, o cabelo que só ele gostou, das mudanças físicas que nos fizeram suar e gastar toneladas de bom senso na hora de pedir a salada e não o chedarMacmelt.
Aí entra onde quero chegar. Nenhum de nossos esforços foram feitos pela única razão da outra pessoa querer. Ela serviu de estímulo. Um estímulo maior para cuidar do corpo, para comer menos, para me arrumar. Ah, ela mora longe, eu não tenho carro, estou pensando em comprar...BINGO...estímulo. E esquecemos do simples objeto "eu" no final. Se ele (a,es,as) fosse embora, eu continuaria com o carro que QUIS comprar, com as roupas que QUIS usar, com o corpo que QUIS construir.
Acho muito mais simples pensarmos nos outros como fatores predominantes no estímulo, do que na única razão. Assim sofremos menos quando terminamos, curtimos mais o que conquistamos. E as brigas seriam muito mais relevantes e menos periódicas, porque deixaríamos pra discutir só quando realmente necessário. Ninguém nunca morreu por se arrumar demais ou se preocupar demais com o bem estar de todos.
Aí vai minha dica, vamos parar de dizer "a culpa é sua" e dizer mais "você me estimulou, mas não foi só por isso que eu fiz", vamos dar mais valor as nossas vozes!!!
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
All I wanted!
O sábado ideal seria aquele que eu não precisasse me preocupar em agradar. Acordaria de mau-humor, olharia em volta, tomaria meu café forte, do jeito que eu gosto, mas não feito por mim por pura preguiça. Depois, sentaria no sofá com uma perna sobre a outra, sem short, só de calcinha e camiseta (como durmo), e olharia vazio para lugar nenhum por uns 3 minutos. Iria não pensar em nada além do sonho que tive, da vontade de voltar a dormir, do café que poderia estar mais quente.
Depois desses minutos em transe, eu me aconchegaria no sofá, pegaria um cobertor e ligaria a tv no Warner Channel ou na Universal e assistiria pela milésima vez uma das milhões de séries que passam. Riria de episódios repetidos, colocaria minha xícara de lado, e ficaria alí.
Quando enjoasse, levantaria, sentaria na mesa da cozinha, comeria meu macarrão com calabreza, que não fui eu que fiz, mas que fizeram do jeito que eu adoro, e conversaria com minha família que estaria alí apenas para me ouvir, sem reclamar, sem falar da minha cara ou do meu humor, somente ouvindo minhas histórias.
Depois do almoço, deixaria tudo na cozinha e iria para meu quarto ficar deitada com ele, de conchinha. Sem falar, sem conversar, sem beijar, sem nada...Apenas abraçados.
Quando acordasse, escovaria meus dentes (pela primeira vez no dia), e aí sim pensaria em abraços, beijos e amassos, mas sem precisar tomar iniciativa, sem precisar fazer absolutamente nada. Porque tudo seria do jeito que eu gosto, e sem esforço.
Depois de cometido, sentaria no sofá, tomaria um café e assistiria TV até enjoar.
Estou tão cansada dessa vida trabalho-faculdade-trabalho-stress-gripe que tudo que eu queria era ficar quieta, com o bonitão do lado, mas sem ter que ser carinhosa.
Apenas entrar em estado de alpha e permanecer nele, até achar que devo fazer alguma coisa.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
A quem interessar possa III
Caros leitores,
Peço desculpas pela minha ausência, mas é que ultimamente estou passando por fases dramáticas na minha vida pessoal e profissional. E sim, meu grau de "fudida" é imenso e se eu for começar a escrever sobre isso vou ficar horas aqui, e eu não tenho essas horas. Resumindo brevemente, a faculdade está me matando com tantos trabalhos de foto, tv, rádio, impresso, publicidade, crítica da mídia entre outros. Fora as provas e os milhares de textos que eu nem comecei a ler. Meu grupo está cada vez mais dividido, minha gangue pelo menos está sussegada. Infelizmente é assim que vemos quem trabalho e quem não.
No trabalho estão me passando cada vez mais responsabilidades e minha chefe sai de férias nessa sexta feira. Me deixou com 3 eventos e milhares de pepinos pra resolver e eu estou insegura e por isso estressada. Já me nasceram cabelos brancos e estou cada vez com menos pacência para conversar com produtores inexperientes e pauteiros burros de emissoras de tv.
Meu irmão voltou das oropa e estou contente por isso. Estava com saudades mas mal vejo minha família. Acordo cedo e volto tarde.
Felizmente o bonitão e eu estamos ótimos. Ele é uma das pessoas mais compreensíveis que conheço, está sempre do meu lado e mesmo quando desconto minhas tensões nele, ele me olha, dá um sorriso (lindo, por sinal), me abraça e me paga um chocolate. É pois é, achei uma metade da laranja madura, doce, e deliciosa. Sim, estou apaixonada, mas não namorando ainda, afinal não me lembro de ter recebido o pedido e eu tenho idade mental de uma velha!!!
O ano está acabando, eu vou fazer 22 em menos de um mês e sempre fico um pouco depressiva quando vira o ano. Penso que deveria ter feito mais coisas e quando paro pra recapitular eu realizo que seria impossível.
Eu volto a postar assim que melhorar minha situação, que meus cabelos brancos voltem a ser castanhos, ou quando estiver de TPM de novo.
Amanhã começa o Congresso Mundial de Salsa, 7ª edição, e nosso documentário será iniciado. Para quem quiser curtir um programa diferente, segue a dica dos bailes sensacionais e das apresentações no www.salsacongress.com.br
See you later, alligator..
E volto a dizer: A vida não tá facil pra ninguém!
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