Letícia não queria sair naquele dia, estava apreensiva. Sentia que deveria deixar passar, não precisava se apressar. Mas alguma coisa dentro dela dizia que não se arrependeria, apesar de ficar com aquele sentimento estranho. O telefone tocou:
- Lê, tudo bom?
- Oi Ci, diga lá..
- Meu, você vai sair com ele mesmo?
- Então, acho que sim...
- Cuidado Lê, não vai muito longe..
- Ai Cibele, você parece minha mãe falando..me deixa!
E desligou sem mais delongas. Foi tomar seu banho, sem pressa. Esfregou cada parte do corpo como se fosse íntimo, passou óleo de amêndoas e secou o cabelo. Jogou todo para frente, assim quando a olhasse de frente teria a impressão de estar olhando uma mulher fatal. Passou mousse para moldar as pontas, passou perfume e foi até o armário.
Pegou seu vestido mais novo, um azul turquesa de saia até metade das coxas. Não era vulgar, mas era totalmente sexy. Colocou a calcinha e o sutiã que combinavam, de renda, e perfumou-se. Esperou seus pais dormirem para sair de casa, saiu pelas portas do fundo...
Já na rua estava o moço que ela tanto pensava. Estava vestido despreocupadamente, uma calça jeans, uma camisa branca jogada, uma corrente de prata discreta. Estava encostado no carro que não era nem novo, nem velho, apenas popular, de cor azul escura. Cumprimentou-a com um beijo no rosto e um abraço com um pouco mais de pressão, sentiu o cheiro ludibriante do perfume da garota e suspirou:
- Meu Deus, que delícia seu perfume.
- Que bom que gostou..
- Aliás, você está linda!
Arroxeou-se e percebeu que tinha tomado a decisão correta. Entraram no carro e saíram pela rua. Nem bem correram uns 10 km e as mãos do moço já estavam inquietas. Queriam tocar a perna de Letícia, mas não sabiam por onde começar. A garota percebeu o movimento e fingiu não se importar, na verdade não se importava, podia sentir a eletricidade saindo do corpo dela, atraindo aquela mão. Aconchegou-se no banco para ficar mais fácil da mão dele tocar sua pele. E aí ele tocou.
O silêncio era tangível, palpável, assim como o calor que corria nos corpos dos dois. As mãos começaram a se movimentar, para cima e para baixo, enquanto a garota simplesmente levava as mãos à boca para esconder seus suspiros. O moço achou aquilo tudo excitante demais, resolveu ir mais fundo, e assim encostou o seu dedo indicador na calcinha de renda dela. Ela tentou se esquivar, tentou, mas não com muita vontade, até que decidiu respirar fundo e deixar aquela mão ali.
O carro que estava em uma velocidade constante começou a diminuir, o garoto não sabia se continuava olhando pra pista ou se parava para colocar seus braços em volta da garota, por inteira. Decidiu pela segunda opção, parou o carro na próxima rua da direita e olhou nos olhos de Letícia:
- Fica calma, não vou te machucar!
- Eu sei, (suspiro), mas é que é tudo novo pra mim...
- Deixa que eu te guio então, sem medo..
- Hunf..
- Quando você quiser eu paro.
E a beijou na boca, com delicadeza, esfregando primeiro os lábios, depois a língua. A respiração da garota ficou ofegante, já não conseguia mais pensar, fechou os olhos. E sentiu, os dedos do moço em sua parte mais íntima, deixou que a descobrisse, assim, sem mais nem menos. A pressão não a machucava, mas a assustava. Não conseguia entender o que estava sentindo, sabia apenas que era bom. Em poucos instantes começou a sentir uma corrente pelo corpo, que começou dos ombros, ao peito, à barriga, as pernas.... e estourou!
Tapou a boca com as mãos para que não lhe saíssem gritos, mas ao mesmo tempo queria gritar, e muito. Sentia que precisava daquilo, da gritaria e euforia, precisava se libertar, explodir. Tudo que tinha visto em filmes e novelas ficou pra trás, como inutilidades da vida. Tirou a mão da boca, ofegou, suspirou no rosto do menino, despedaçou-se em sua mão. E então começou a chorar...
Chorou tanto que o garoto não teve reação, deu partida no carro e voltou. Enquanto a menina soluçava baixinho, o moço tentava entender o que é que tinha acontecido. Ele tinha feito tudo direitinho, não tinha forçado, não tinha errado o ponto...
Deixou Letícia na porta de sua casa!
A garota saiu do carro sem se despedir, sem olhar no menino, apenas limpando as lágrimas. Quando o carro saiu da sua visão começou a rir... Ria sem parar, ria porque não conseguia se controlar.. Fechou os olhos...
Pensou no menino, nas mãos, no perfume, na voz, nas palavras...Pensou amar o garoto. Falou baixo para si "Eu amo você, nunca me senti assim, eu amo você"...
Nunca mais se viram, ou se falaram. O garoto simplesmente desapareceu, ficou assutado.
Anos mais tarde Letícia descobriu o verdadeiro amor que sentia. Não era pelo menino, não era por meninos nem por meninas. Era simples e puro gozo.
O primeiro prazer nunca foi superado!
- Lê, tudo bom?
- Oi Ci, diga lá..
- Meu, você vai sair com ele mesmo?
- Então, acho que sim...
- Cuidado Lê, não vai muito longe..
- Ai Cibele, você parece minha mãe falando..me deixa!
E desligou sem mais delongas. Foi tomar seu banho, sem pressa. Esfregou cada parte do corpo como se fosse íntimo, passou óleo de amêndoas e secou o cabelo. Jogou todo para frente, assim quando a olhasse de frente teria a impressão de estar olhando uma mulher fatal. Passou mousse para moldar as pontas, passou perfume e foi até o armário.
Pegou seu vestido mais novo, um azul turquesa de saia até metade das coxas. Não era vulgar, mas era totalmente sexy. Colocou a calcinha e o sutiã que combinavam, de renda, e perfumou-se. Esperou seus pais dormirem para sair de casa, saiu pelas portas do fundo...
Já na rua estava o moço que ela tanto pensava. Estava vestido despreocupadamente, uma calça jeans, uma camisa branca jogada, uma corrente de prata discreta. Estava encostado no carro que não era nem novo, nem velho, apenas popular, de cor azul escura. Cumprimentou-a com um beijo no rosto e um abraço com um pouco mais de pressão, sentiu o cheiro ludibriante do perfume da garota e suspirou:
- Meu Deus, que delícia seu perfume.
- Que bom que gostou..
- Aliás, você está linda!
Arroxeou-se e percebeu que tinha tomado a decisão correta. Entraram no carro e saíram pela rua. Nem bem correram uns 10 km e as mãos do moço já estavam inquietas. Queriam tocar a perna de Letícia, mas não sabiam por onde começar. A garota percebeu o movimento e fingiu não se importar, na verdade não se importava, podia sentir a eletricidade saindo do corpo dela, atraindo aquela mão. Aconchegou-se no banco para ficar mais fácil da mão dele tocar sua pele. E aí ele tocou.
O silêncio era tangível, palpável, assim como o calor que corria nos corpos dos dois. As mãos começaram a se movimentar, para cima e para baixo, enquanto a garota simplesmente levava as mãos à boca para esconder seus suspiros. O moço achou aquilo tudo excitante demais, resolveu ir mais fundo, e assim encostou o seu dedo indicador na calcinha de renda dela. Ela tentou se esquivar, tentou, mas não com muita vontade, até que decidiu respirar fundo e deixar aquela mão ali.
O carro que estava em uma velocidade constante começou a diminuir, o garoto não sabia se continuava olhando pra pista ou se parava para colocar seus braços em volta da garota, por inteira. Decidiu pela segunda opção, parou o carro na próxima rua da direita e olhou nos olhos de Letícia:
- Fica calma, não vou te machucar!
- Eu sei, (suspiro), mas é que é tudo novo pra mim...
- Deixa que eu te guio então, sem medo..
- Hunf..
- Quando você quiser eu paro.
E a beijou na boca, com delicadeza, esfregando primeiro os lábios, depois a língua. A respiração da garota ficou ofegante, já não conseguia mais pensar, fechou os olhos. E sentiu, os dedos do moço em sua parte mais íntima, deixou que a descobrisse, assim, sem mais nem menos. A pressão não a machucava, mas a assustava. Não conseguia entender o que estava sentindo, sabia apenas que era bom. Em poucos instantes começou a sentir uma corrente pelo corpo, que começou dos ombros, ao peito, à barriga, as pernas.... e estourou!
Tapou a boca com as mãos para que não lhe saíssem gritos, mas ao mesmo tempo queria gritar, e muito. Sentia que precisava daquilo, da gritaria e euforia, precisava se libertar, explodir. Tudo que tinha visto em filmes e novelas ficou pra trás, como inutilidades da vida. Tirou a mão da boca, ofegou, suspirou no rosto do menino, despedaçou-se em sua mão. E então começou a chorar...
Chorou tanto que o garoto não teve reação, deu partida no carro e voltou. Enquanto a menina soluçava baixinho, o moço tentava entender o que é que tinha acontecido. Ele tinha feito tudo direitinho, não tinha forçado, não tinha errado o ponto...
Deixou Letícia na porta de sua casa!
A garota saiu do carro sem se despedir, sem olhar no menino, apenas limpando as lágrimas. Quando o carro saiu da sua visão começou a rir... Ria sem parar, ria porque não conseguia se controlar.. Fechou os olhos...
Pensou no menino, nas mãos, no perfume, na voz, nas palavras...Pensou amar o garoto. Falou baixo para si "Eu amo você, nunca me senti assim, eu amo você"...
Nunca mais se viram, ou se falaram. O garoto simplesmente desapareceu, ficou assutado.
Anos mais tarde Letícia descobriu o verdadeiro amor que sentia. Não era pelo menino, não era por meninos nem por meninas. Era simples e puro gozo.
O primeiro prazer nunca foi superado!