Ontem foi um dia peculiar.
Aliás, foi um dia de decisões rápidas impensáveis. Por isso comecei meu dia (após às 14hs) na Augusta com alguns gatos pingados (friza, pingados) até 21 e cassetinho. Foi divertidíssimo, o conversar "at the table", as cervejinhas, uma, duas, três, quatro.....
Sinceramente, a gente fez tanto barulho que eu tenho certeza que o pessoal debaixo da terra ouviu, e quem estava mais abaixo, e mais abaixo.
Logo nós, que sempre fomos tão silenciosos...
Conversa vai, conversa vem, os assuntos começam a esquentar e esfriar. Não necessariamente nesse ordem, mas foi um Brain Storm absurdo. Até literatura discutimos, recitamos partes esporádicas de um livro respeitador, que fala de amor, e de sexo. Mas sexo com sentimento.
Logo eu, que sempre fui tão pudorenta...
Nesse interim, as cervejas bateram na minha cabeça e eu comecei a ficar com sono. Não um soninho (tira uma soneca e pronto!), não... um sono de Jáh Rastafará que me deixava a ponto de pescar sobre a mesa.
Logo eu, que sempre fui tão ativa..
Além de tudo ainda fizemos um pacto e/ou promessa.
E eu não consigo para de pensar: "Não rola, não rola, não quero problemas para mim..."!
Bom, decidi ir pra casa, comi um sanduíche quando o digníssimo senhor Maso Heck, vulgo irmão, me chamou pra ir ao Samba Rock, no Di Quinta.
Entre vou? não vou.... to cansada! ah mas eu gosto tanto... minha mãe resolveu tomar uma atitude e disse "Vai logo Sara...".
Tomei banho, me arrumei, me maquiei e fiquei "linda" em 20 minutos. (he he he).
Chegamos no esquenta reconheci duas figuras do colégio (faz tempo), duas das quais eu nunca tinha saído. E bebe, bebe, bebe (eu estava comportada, se bebesse mais cairia e não dançaria). Quando o relógio badalou 12 vezes seguidas decidimos que era hora de partir.
Fomos...
Para no posto, compra, faz xixi, bebe. Chegamos na balada às 24:55, ou mais. Entramos.
O lugar, A B A R R O T A D O!
Dancei com pessoas interessantíssimas. O lugar estava tão cheio de homens que eu achei por um momento que homem não pagasse pra entrar. Era uma média de 10 pra cada gata.
Era tanto homem junto que eu me senti até constrangida.
Logo eu, que sempre me senti muito a vontade...
Enfim, estou me deslocando para o Toalete (como diz minha mãe) quando sou puxada pela cintura por um ser "x" que descobri posteriormente ser da alcunha de Renato.
Ele me puxou, eu me esquivei (coisas de mulher), mas eu reconheci, pensei "Acho que já dancei com ele alguma vez". O mundo da dança é realmente um cú!
Depois de dançar, e beber, e conversar, e rachar o bico ele veio dançar comigo. Sim, era ele mesmo. Ele se empolgou com meus dotes dancísticos e obviamente veio com garra e tudo pro gol.
E foi na traaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaave... E a zaga azul se livra de novo!!
O problema não foi esse, eu me esquivo com facilidade, foi o xaveco furado que ele me mandou logo após:
"Eu já beijei essa boca!" - disse o malfeitor.
"Há, eu não lembro..." - respondi eu.
"faz tempo que não te vejo no Mars" (detalhe importante, todo mundo que dança samba-rock se concentra em dois pontos, Teatro Mars e Di Quinta, logo, por suposição, esse xaveco foi muito fraco) - retrucou.
"Eu não lembro de ter beijado você, moço."
"Foi alí ó (apontou para a porta)".
"Puxa, eu juro que não lembro."
Logo ele, que era tão peludo nos ombros...
Moral da história, ele tentou, eu quase cai no chão de dar risada. No único dia que eu fui no Di Quinta eu estava com outro cidadão, e eu lembro perfeitamente que foi a única pessoa que eu beijei...
Por isso assino embaixo no blog das queridíssimas:
Homem é tudo palhaço!